domingo, 28 de setembro de 2014

Ego e Obrigado! Tchau!


Enquanto eu falava, visceral e hemofágicamente, pesados sacos de areia despencaram do alto e grudaram o veludo vermelho partido, um no outro, sacramentando o fim do medíocre e egocêntrico espetáculo. O show acabou, meus amigos, e não há nada mais para se ver por aqui.

O pouco que havia a ser dito, dito foi e, qualquer mais, é carência descarada ou, indiscreto pedido de socorro. De uma forma ou de outra, coisa feia! Tão, que soa falta de educação. Por isso, preservando-me um pouco, despeço-me, na escuridão das cortinas que se colidem em fim.

Embora, no meio do argumento e, muito embora, na opacidade do espelho de alguns holofotes. Creio que a máxima exposição (recente, pois, do ato anterior) seja suficiente para a vida de comodismo que virá, já que medíocre no sangue AB+, tanto quanto e nos versos C-. Parei!

Estou à beira do colapso, confesso. No deprimente limite de onde posso chegar, por isso, convalescente, reconheço atingir, depois de tanto esforço, mil léguas menos (ao menos) que pretendia, com minhas pretensas remadas. Morro débil, com mais água que ar, nos pulmões.

Por isso interrompo o semi-autocêntrico-monólogo, enquanto restam aplausos (dispersos e furtivos) na corriqueira plateia. Obrigado, minha gente! Não renego, nem mesmo alcoolicamente adulterado, o combustível que me propulsionou por (quase) cinco anos.

Quem diria! Quem, próximo a mim, diria que qualquer algo resistiria quase cinco anos no âmago das minhas sinceras vontades. Pois, vomitar meus pequenos literalismos ao mundo, resistiu tempo o suficiente para orgulhar-me do meu fracasso e, assim sendo, bêbado, brindo a mim!

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