domingo, 7 de julho de 2013

Os Tijolos Amarelos Pelo Caminho



Tenho lá minhas dúvidas sobre a vida. Digo, da extensão dela. E me refiro à distância percorrida versus a intensidade diária. Será que são unidades de medida distintas? Se sim, preciso descobrir, afinal, qual medida devo usar nessa minha vidinha ora mais, ora menos.

Mas antes, tenho que descobrir se o ar respirado vale mais pelos anos ou pelos dias. Acho que é isso! E sou sincero em dizer que não sei se a beleza está no futuro, que faz do presente um eterno canteiro de obras, ou se no presente, que faz do futuro um longo túnel deseluminado.

Para mim (e não se trata de guruzismo e nem do mapa da mina), a vida tem um único objetivo, simples, simplista e com cheiro de clichê: Felicidade! Quer coisa mais idiota que esperar da vida, boas e opulentas porções de felicidade? Não! Esse é o tamanho exato da minha idiotice!

Mas nessa direção estúpida, qual caminho devo seguir? O da saúde para a longevidade? Ou do excesso para a intensidade? Gostaria de não precisar dissociá-los. Gosto da longevidade tanto quanto do excesso. Mas Deus, sempre gozador, parece tê-los colocado em direções opostas.

Apenas pelo capricho do dilema. Deus gosta de nos colocar em estradas bifurcadas. Sem apontar a direção correta, nunca! E ainda dá nome à coisa: Livre arbítrio, que nada mais é que o direito de errar por conta própria. Justo a nós, seres evoluídos, decididos e prontos.

Eu, por exemplo, sei bem o que quero, que é simplesmente saber o que quero. Mas calma lá, elucido a confusão da espécie garantindo e reforçando que quero saber o que quero, já sabendo o motivo maior da querência, que é a estúpida felicidade, lá do início do devaneio.

Por isso entendo (ou acho apenas, já não sei) e concluo, tão esclarecido quanto comecei, que o jeito de chegar lá é escolher uma direção e sorrir para os tijolos amarelos da estrada, satisfeito com o marasmo da longevidade ou com o frisson da intensidade carpediniana. Pronto!

Dei para criar frases ultimamente. Mas não pretendo disso um ofício. Essa, acho que é minha, mas não reivindico autoria. Apenas gosto e reproduzo, que é para engrossar o caldo do clichê: “A vida é muito curta para quem quer tudo. E longa demais para quem não quer nada”.

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