domingo, 21 de abril de 2013

Somos Mammuth



Há dois lados para tudo nessa vida e dois lados apenas. Poucos arriscam contradizer a eterna máxima do sim e do não, mas, cá estou eu, afirmando, ou melhor, fofocando a verdade alheia que, entre duas sugestões opostas existe uma verdade torta e fantástica que, vale a pena.

Mammuth é um filme de 2010 e, informação mais irrelevante que eu poderia apresentar, pois, Mammuth é um filme atemporal, que funciona em qualquer momento, desde que no momento certo. Do tipo que ocupa sessão particularmente específica nas vídeo-locadoras.

“Filmes para a hora certa” – Por isso a elucubração do início, para a terceira verdade de uma coisa qualquer. Costumam garantir que o mundo é 50%, mas, não no cinema. Mammuth, é o que tento lhes dizer, não é filme bom tal qual não é filme ruim, em absoluto. É outra coisa!

Filme que te toca no abismo mais profundo da alma, ou que embala o sono nos primeiros dez minutos. E não se trata de esforço, a obra de Gustave de Kervern e Benoît Delépine é crua e insípida aos olhos desatentos, tão leve que só os sufocados se agonizam com Serge Pilardosse.

Porque sentem-se da mesma forma errantes, diante do sistema imparável da vida. A vida simplesmente não para e as merdas passadas nos seguem aonde quer que estejamos. Tentando nos mostrar que o futuro é o mais puro e incontestável resultado do passado.

Mas seguimos adiante, assumindo que nossos erros estarão sempre nos assombrando os sonhos, mas, nem por isso, nos privando de seguir a vida. Errando e acertando com a mesma inocência adolescente de sempre. Todos os dias, como se fosse a primeira vez.


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