Há dois lados para tudo nessa
vida e dois lados apenas. Poucos arriscam contradizer a eterna máxima do sim e
do não, mas, cá estou eu, afirmando, ou melhor, fofocando a verdade alheia que,
entre duas sugestões opostas existe uma verdade torta e fantástica que, vale a
pena.
Mammuth é um filme de 2010 e,
informação mais irrelevante que eu poderia apresentar, pois, Mammuth é um filme
atemporal, que funciona em qualquer momento, desde que no momento certo. Do
tipo que ocupa sessão particularmente específica nas vídeo-locadoras.
“Filmes para a hora certa” –
Por isso a elucubração do início, para a terceira verdade de uma coisa
qualquer. Costumam garantir que o mundo é 50%, mas, não no cinema. Mammuth, é o
que tento lhes dizer, não é filme bom tal qual não é filme ruim, em absoluto. É
outra coisa!
Filme que te toca no abismo
mais profundo da alma, ou que embala o sono nos primeiros dez minutos. E não se
trata de esforço, a obra de Gustave de Kervern e Benoît Delépine é crua e
insípida aos olhos desatentos, tão leve que só os sufocados se agonizam com
Serge Pilardosse.
Porque sentem-se da mesma
forma errantes, diante do sistema imparável da vida. A vida simplesmente não
para e as merdas passadas nos seguem aonde quer que estejamos. Tentando nos mostrar
que o futuro é o mais puro e incontestável resultado do passado.
Mas seguimos adiante,
assumindo que nossos erros estarão sempre nos assombrando os sonhos, mas, nem
por isso, nos privando de seguir a vida. Errando e acertando com a mesma inocência
adolescente de sempre. Todos os dias, como se fosse a primeira vez.
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