Auguste Rodin, pensando
Pensamento passa, ele vence. Expira,
se me faço mais claro! Tenho aqui em minhas mãos, uma porção de textos encostados.
Prontos e intocados. Perdidos para sempre no tempo que já foi. É que já não representam
o que penso ou, pior ainda, sequer um dia representaram!
Apenas alguns pensamentos fugazes
de uma madrugada insólita. Passado. Álcool no corpo e dedo no gatilho. Sentido
figurado: Bum! Mil ideias dissecadas, maceradas e dilaceradas. Mas que me levam
a lugar nenhum! Lugar comum. Terra dos médios. Adolescente bobo, crisiático.
É como me sinto se releio.
Antes de despachá-lo ao vento, mais rápido e alto que a auto repressão de mim.
O pensamento voa, se não passa. Alimenta pensamento e revoa. Alimenta mais e,
depois, ainda mais! Pensamento não para, quando livre. Pensamento qualquer...
Você pensa, penso eu. E onde é
que eles se meteram se não lá na gaveta, ao lado dos pensamentos meus. Esquecidos,
como nós seremos um dia. Por ter deixado morrer alguma ideia antes mesmo dela
nascer. Digo o que penso: Penso com receio. Sujeitinho minúsculo.
Penso no que vão pensar sobre
aquilo que pensei. Penso e escrevo. Torno a pensar: Envio? – Envio! Senão passa.
Posto esse post hoje, pois sei que, se amanhã, já passou! Um livro em branco é
o que tenho a oferecer. Porque penso demais na insignificância das
consequências.
Me acompanha? Não, não
ofereço, pergunto: Está me acompanhando? Pensar é meio caminho, caros. A metade
do caminho! E uma vez cinquenta por centro, alto lá! Que daí pra frente é atitude.
Atire-se adiante que o mundo te segue. Parado, o pensamento passa.
2 comentários:
É Baiano...eu tenho medo de parar de pensar, acredita? Ahahahah! Verdade!
As vezes eu gasto tanto meus pensamentos que penso que um dia não vou ter mais pensamentos para pensar...
Certa vez decidi que nunca mais pensaria em nada, pois todos os pensamentos me levavam ao mesmo lugar.
Porque, na verdade, não importa o que façamos, tudo nos leva ao mesmo lugar... e pensar na morte, nao me deixava sair de onde eu estava...
Mas eu saí...
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