O filme que mais me intrigou nos
últimos tempos! Isso eu descobri logo. Mas quando tive o primeiro
contato, numa resenha de revista, tive a certeza que não era um filme para mim.
Nem terminei a matéria. Uns dias depois meu pai se mostrou interessado e
perguntou a respeito.
Não pude ajuda-lo, já que
ignorei a obra completamente. Estava decidido que “As Aventuras de Pi” não seriam
aventuras minhas. Porém, em pouco tempo (e Facebook está lá para isso),
começaram os comentários positivos sobre o filme que eu estava certo de ser pura
insosses.
Sinestésico e lírico demais.
Uma overdose de efeitos especiais magníficos que serviriam apenas para promover
alguma tecnologia determinante ao futuro do cinema. Uma ode às exibições 3D,
provavelmente. Como é que tanta gente diferente poderia se encantar com aquilo?
Levei um tempo para aceitar
minha obrigação com o menino Pi e precisei de algum encorajamento mais vigoroso
dos que confio na sétima arte e que, também se ofereceram a Ang Lee. Cineasta
que, confesso, abandonei no limbo por pura divergência conceitual.
Digo, preconceito mesmo!
Assisti ao “O Tigre e o Dragão” há mil anos e nem arrisquei seu “Hulk”, depois
disso. E ainda deixei passar “Brokeback” (pois é) que imagino ser sua redenção!
Pi surgia carregado do mesmo preconceito estúpido, entretanto, após tanta
exaltação, topei!
Seria no compromisso semanal
de cinema, proposto anteriormente, só que, devido algumas adversidades, teve de
ser em casa, escusamente pirateado da internet. Uma vergonha que admito aqui,
porém, punido por um download dublado e por outro gravado direto do cinema.
Não arrisquei um terceiro
download porque achei justa a baixa qualidade, já que clandestino! Perdi toda a
beleza estética para poder focar exclusivamente na história. Primorosa, aliás.
Não à toa tanto êxtase aos que puderam contemplar na telona uma das mais belas
fábulas.
E eis aí o motivo do texto (e
eu já sentia cheiro disso quando aceitei assistir): O filme, em trailers e
resenhas e sinopses oficiais, falha por evidenciar apenas a inovação high tech da coisa. Tem uma história
muito mais deslumbrante por trás dos efeitos, ou melhor, à frente!
“As Aventuras de Pi” está,
tranquilamente, entre os melhores filmes de fantasia já feito. Sei que digo
isso ainda de prateleira vazia, mas, por outro lado, seguro de não estar
equivocado! E se cabe uma dica: assista logo! Só que dica melhor: Veja no
cinema que pirateado é fria!
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