Subo o tom e digo, em dó
maior, que é necessário, em vida, eleger Deus e Diabo, na Terra. Apesar de
qualquer credo ou transcendentalismo. Em terra. Duas entidades rigorosamente
imbatíveis, tão frágeis quanto você. E lhes digo por bem, após trinta míseros
anos e, quase mais.
Mas não respeitem meus trinta
por mais que os dez mil dias de vida que deixei para trás. Meu respaldo resvala
neste único e micho argumento. Se menos que isso, aceite, de bom grado, o conselho
a seguir. Se mais, conteste, cronológicamente, pelo direito de ensinar-me a
vida.
Mas, até que me interrompa,
desembucho! Pela epifania súbita dos supracitados eleitos. Creio em Deus como
creio no papai do extremo norte, mas, decidi de estalo que, um Deus palpável,
humano e eleito, é crucial para meu desenvolvimento moral, físico, intelectual
e todo o resto!
Tal qual o Diabo. O
antagonista sujo a todas as qualidades inatingíveis que, inútilmente, almejo. A
verdade é que, pela bagagem que carrego, carrego comigo, há mais tempo e, muito
mais sacramentado, o Diabo de mim. Aquele que espelho e dedico minha existência,
ao avesso.
E, nem por isso, essencialmente
ruim, mas irremediavelmente oposto, de mim. Apenas por ser quem é. Apenas para
que eu não o seja. Creio, aliás, que seja seu papel maior, carregar o fardo de
se impôr socialmente com tudo aquilo que desprezo. Meu Diabo é, na prática, meu
desprezo.
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