Hoje tenho apenas bananas e
uma sede que me resseca a goela e raspa a saliva de ponta a ponta na garganta.
Acho que o nó que dizem que dá, não é figura de linguagem, afinal de contas. A
sede exagerada e a falta do que beber criam uma espécie de caroço que trava até
o oxigênio.
E cérebro mal oxigenado dá um
barato estranho... Uma coisa muito louca, porque oca. No fim, deve ser isso, o
fluído certo na boca, que empurre o caroço para baixo e desobstrua os pulmões.
Fluído certo é laranja, eu sei, mas, que faço eu se apenas uma duzia de bananas
nas mãos?
Espremo! Aperto e empurro.
Pronto! Abaixo do espremedor, meia caneca de um creme esbranquiçado e feio. Em
volta, vestígios do mesmo creme, espalhados por toda a cozinha. Meto o copo na
boca, torcendo para que o pseudo-suco surta algum efeito positivo nessa sede
súbita.
Mas a droga da papa de banana
entala na garganta e corta de vez o tráfego de ar. Agora é tarde, em pouco
tempo cairei roxo no chão frio da minha cozinha. Morto. De Sede e frustrado.
Bananas? Que ideia! Que ideia? Como eu queria ser do tipo de cara que espreme
laranjas...
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