Trançou as pernas, valendo-se da
adorável sensualidade das tímidas, e ajeitou o cabelo. Sorriu, no deck patinado,
e posou. Atrás, o oceano. Dava as costas para o oceano, como se não percebesse
o infinito ao redor. Como se ele não estivesse lá. O infnito. Ela só não se
importava!
Com o infinto, embora, reconhecesse
o imponente bico de mar derramado ante os ombros. Naquele preciso momento, pretendia
nada mais que a leveza da vida, apoiada num par de pernas trançadas, agraciada
por um sorriso terno e contemplativo. Essa era ela, naquele cenário.
A pele branca, lisa e macia,
misturava-se ao deck rajado de branco e ao céu pálido, coberto de nuvens. A
água refletia o branco do céu. Era tudo tão claro e sem cor, tão aparentemente
sem vida que, só ela, com seu vestido preto de bolinhas brancas e espírito leve,
valia a paisagem.
Nenhum comentário:
Postar um comentário