- Nome?
- Patrício!
- Nome completo, por favor!
- Patrício Fezes...
- Pois não, senhor Patrício, em que posso ajudar?
- Preciso trocar de nome.
- Entendo, e porque quer trocar de nome?
- Não te parece óbvio?
- Talvez senhor, mas não tenho liberdade de presumir nada, na minha posição.
- Não suporto mais ser gozado nas ruas, em todo lugar.
- Mas senhor, você tem certeza disso? Mudar de nome é irreversível, não se pode fazer duas vezes!
- Acha que é um capricho? Que só quero “mudar” de nome? Eu quero é me livrar desse carma que está preso à minha família por gerações!
- Entendo... Mas não te preocupa abrir mão assim das suas origens, sua personalidade?
- Minha senhora, eu preciso mudar de nome, pode ser? Porque tantas perguntas?
- É meu dever, senhor, como tabeliã...
- Não é fácil a vida que levo, lidando com todo tipo de provocação! Ainda acabo fazendo uma besteira!
- Mas porque isso agora? Porque não mudou de nome antes de chegar a esse ponto?
- Venho tentando desde que tenho dezoito anos.
- O que deu errado?
- Quando completei dezoito, meu pai ainda era vivo. E um defensor mordaz do nosso nome. Tive receio de decepcioná-lo.
- E depois?
- Depois eu me casei. O tabelião julgou improcedente minha queixa e disse que mexer no meu nome só atrasaria as papeladas do casamento.
- Havia certa razão no argumento dele, devo dizer.
- Aí, finalmente, quando vi a certidão de nascimento do meu filho, entrei em parafusos...
- Então o senhor já é pai? E como é o nome dele?
- Como assim?
- Como se chama a criança?
- Patrício Fezes, ora...
- Ah, deram o mesmo nome...
- Sim, Patrício Fezes Neto!
- Mas isso não poderia ser evitado?
- Coisas da minha mulher. Aprontou essa maldita surpresa para mim e disse que meu amor pela criança superaria o trauma!
- Claro...
- Não dá mais para suportar isso, preciso me livrar dessa sina imediatamente!
- E seu filho?
- Volto aqui semana que vem!
- Ok, senhor Fezes, vamos ver o que podemos fazer.
- Gostei de você. Finalmente alguém capaz de entender minha aflição!
- Claro, senhor, entendo perfeitamente, já estive em situações muito parecidas com a sua! Agora preciso que assine essa papelada e que me diga seu novo nome, para a certidão.
- João!
- O que tem?
- Meu novo nome: João!
- Mas e o Fezes?
- O que tem?
- Ãhn... Nada não! Eu pensei que...
- Não sou capaz de aguentar nem mais um “Paty” na minha direção!
- Claro, claro! Bem, aqui está! Considere-se, de agora em diante, oficialmente João Fezes.
- Muito obrigado! Que satisfação! Esse é o dia mais feliz da minha vida!
- Por nada,estou apenas cumprindo com o meu dever!
- Posso perguntar o seu nome?
- Pois não, é Maria... Maria Vagina!
3 comentários:
Hohoho, vagina face forever!
Eu nao entendi. Tabom, eu sou burra.
Excelente!
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