Arte:: Peter Paul Rubens
Escute aqui meu chapa! É, você
mesmo! E me olhe nos olhos quando lhe dirijo a palavra: Você sabe quem eu sou?
Digo, faz ideia de com quem está falando? – Aproveite que ainda lhe trato com
respeito e me responda com total clareza: Me desdenha, mas, sabe quem sou eu?
Claro que não... Você não sabe
de nada! É um perfeito desinformado! Me devolve essa cara de interrogação e o
sorriso constrangido dos que preferiam não passar por isso. Pois daqui você não sai,
colega! Ao menos até que diga, de boca cheia, se sabe com quem está falando!
Soube que cochicha às minhas
costas. É! E que calunia-me para pessoas que nem me conhece! Você, não me
conhece! Acha que sim? Pois me olhe nos olhos e diga: Quem sou eu? – Você não
diz... Nunca diz! Fica de boca muda, e murcha, buscando no horizonte algum
amparo.
Olhe ao redor, somos só eu e você!
Ao redor da gente, somos só eu. E você. Digo: Me diz! – E você insiste no silêncio.
Frente a frente comigo, quando lhe obrigo ao que acha que sabe de mim, prefere
o silêncio. E oferece os ombros, como se, subitamente, já não soubesse mais.
Mas vou lhe dizer o que penso,
que também guardo em mim algumas impressões tuas! Você é um fraco. Um
preguiçoso e um invejoso! Sim, esse é você! Me debocha pelo prazer e garantia de
se ocultar dos holofotes. Aí as luzes se apagam e está tudo bem. Você é raso,
parceiro!
Nenhum comentário:
Postar um comentário