sábado, 15 de junho de 2013

Reflexões Ante Um Reflexo

                                                                                                Arte:: Peter Paul Rubens

Escute aqui meu chapa! É, você mesmo! E me olhe nos olhos quando lhe dirijo a palavra: Você sabe quem eu sou? Digo, faz ideia de com quem está falando? – Aproveite que ainda lhe trato com respeito e me responda com total clareza: Me desdenha, mas, sabe quem sou eu?

Claro que não... Você não sabe de nada! É um perfeito desinformado! Me devolve essa cara de interrogação e o sorriso constrangido dos que preferiam não passar por isso. Pois daqui você não sai, colega! Ao menos até que diga, de boca cheia, se sabe com quem está falando!

Soube que cochicha às minhas costas. É! E que calunia-me para pessoas que nem me conhece! Você, não me conhece! Acha que sim? Pois me olhe nos olhos e diga: Quem sou eu? – Você não diz... Nunca diz! Fica de boca muda, e murcha, buscando no horizonte algum amparo.

Olhe ao redor, somos só eu e você! Ao redor da gente, somos só eu. E você. Digo: Me diz! – E você insiste no silêncio. Frente a frente comigo, quando lhe obrigo ao que acha que sabe de mim, prefere o silêncio. E oferece os ombros, como se, subitamente, já não soubesse mais.

Mas vou lhe dizer o que penso, que também guardo em mim algumas impressões tuas! Você é um fraco. Um preguiçoso e um invejoso! Sim, esse é você! Me debocha pelo prazer e garantia de se ocultar dos holofotes. Aí as luzes se apagam e está tudo bem. Você é raso, parceiro!

Não sabe nada de mim, não é mesmo? Finge que sim, mas é só para facilitar sua vida... Meu bom amigo, te pergunto mais uma vez apenas: Você sabe com quem está falando? – É sério! Procure me entender, tente ajudar e me diga, que não sei: Afinal, quem diabos sou eu?

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