quinta-feira, 5 de agosto de 2010

Salt! Bum! Pow! Soc!


É raro que eu me dedique à prática da crítica fílmica se não para sugerir algo bom de se assistir ou, pelo menos, de se ler ao assistido. E é bem do senso comum que falemos com mais propriedade daquilo que gostamos de falar e eu, bem, não sei exatamente o que dizer de Salt.

E começo meticuloso, eximindo-me da responsabilidade de dizer bem sobre algo que paira entre o difícil de aceitar e o improvável. Um algo que no mundo imaginário do Dr. Parnassus vá lá, mas no mundo onde vive John McClane, não há espaço para mirabolancias soviéticas.

Porém, até aqui ponto para Salt que soube ressuscitar com autoridade aquele sentimento agressivamente vingativo e paciencioso na Rússia vilã do cinema hollywoodiano. Quase dá saudade das alfinetadas politicamente incorretas do cinema a Ivan Drago e toda a cia soviética.

Fora isso um filme qualquer destes dedicados à testosterona, com muitas explosões, disparos de artilharia pesada e perseguição de carros. Passaria despercebido se estrelado por Vin Diesel. Só que, como aqui o hormônio é outro, há um tom controverso em cada golpe de Jolie.

Em paralelo, rezou em meus ouvidos, uma lenda de passarinho verde que dizia que o roteiro oficial de Salt seria de Tom Cruise, mas, recusado fora reformulado e entregue a Sra Smith, digo, Sra Pitt, digo, Angelina Jolie. Não muda o resultado, aliás, pioraria se com o Sr. Holmes.

E já vou pedindo desculpas por criticar tão negativamente sem qualquer base exemplificativa. É que, faz parte do meu código de ética descritivo, vetar qualquer comentário mais detalhado das cenas, evitando que possa tendenciar a experiência fílmica alheia.

Na verdade, esse deboche todo vem da incompetência do diretor para o fim, acreditem, saí da sala há mais de duas horas e ainda não vi o fim do filme! Uma dessas obras que insistem em recomeçar a história, na insegurança de apresentar um desfecho.

Honestamente, evoluí consideravelmente ao aceitar filmes com desfechos conceituais, mas não, Salt não pretendia nenhum conceito ao recriar um novo enredo a cada vinte minutos de exibição. Salt bebeu da fonte de A.I que, ainda hoje, procura o amor afetivo nos seres naturais.

Para encerrar, ouvi dizer que a Sandy twitou ainda ontem ter gostado de Salt, rebati que Sandy gosta até do Lucas Lima, mas, puro pedantismo o meu, desisti de entrar no mérito da questão. Azar no gosto cinematográfico, sorte no amor e na carreira musical, ofereço!

2 comentários:

Yo misma! disse...

Tá tudo bem, mas tem uma coisa que não pode deixar de ser citada quando o assunto é Jolie: ela é linda e gostosa; e por pior que seja o filme, ela vale o ingresso!
E da próxima vez por favor sugerir aos cinemas uma sessão para gestantes: com pausas a cada 15 min. para ir ao toilette!

Má! disse...

Se já num queria por nada ver antes... imagina agora!